sábado, 26 de março de 2011

"GRÉCIA E ROMA"


Confesso que História Antiga nunca foi meu forte, entretanto, “GRÉCIA E ROMA” produzido pelo Professor Pedro Paulo Funari, tem se mostrado uma excelente opção para me aventurar no mundo dessas civilizações que, ainda hoje, influenciam intensamente o funcionamento de nossa sociedade.
“GRÉCIA E ROMA” faz parte de uma coletânea maior intitulada “Repensando a História” da editora Contexto, organizada pelo Professor Jaime Pinsky. O livro apresenta uma linguagem simples e objetiva e é ideal para o Professor que deseja se libertar de alguns vícios que o ensino tradicional de História nos oferece. PORTANTO, FICA A DICA !!!

Obs: Antes que alguém pense, não vou ganhar nenhum tipo de comissão (rsrsr). Apenas achei o livro interessante. Abraços !!!

sexta-feira, 18 de março de 2011

D. PEDRO I: O IMPERADOR GARANHÃO.


Já não é de hoje que a vida amorosa do primeiro Imperador do Brasil ganha destaque nos meios de comunicações especializados em História ou não. Já tivemos livros, revistas e até mesmo uma minissérie global divulgando digamos “a vida amorosa nada comportada” de D. Pedro I. Para vocês terem uma idéia, durante a fase adulta, nosso Imperador acumulou 18 filhos conhecidos, com duas esposas e cinco amantes. Alguns ainda afirmam que somados os filhos conhecidos e os “não conhecidos” essa conta chegaria a 120. Mas de todas as aventuras amorosas de Pedro I, sem dúvida, a mais famosa foi com a Marquesa de Santos Domitila de Castro Canto e Melo.
A aventura com a Marquesa de Santos rendeu para a História do Brasil mais de 170 cartas, algumas com conteúdos bem inusitados para quem ocupava a posição de Imperador do Brasil. Por exemplo, em algumas cartas, talvez influenciado pelo fogo da paixão (rsrs), D. Pedro I acabava se empolgando e assinava suas confissões amorosas como “O DEMONÃO” ou “FOGO FOGUINHO”. Em outras cartas, o erotismo tomava conta das linhas: “REMETO-TE O PAR DE MEIAS PRETAS, E NÃO AS CALCE SEM OUTRAS POR BAIXO”(02 de Dezembro de 1827). Nosso Imperador também gostava de citar nas cartas sua própria genitália: “TUA COISA ESTÁ SEM NOVIDADE, ESTÁ BOA, E AS ÁREAS TÊM DIMINUÍDO, E AGORA JÁ AS NÃO DEITO TÃO FINAS, E POR ISSO A URINA VEM CLARA”. No trecho da carta em questão a “tua coisa” era sua genitália e pelo conteúdo dá a impressão que, ao se relacionar sexualmente com a Marquesa, o “Pedrinho” contraía uma doença venérea. Em outra carta, chamou sua genitália de “MÁQUINA TRIFORME”. Mas também existiam cartas românticas como a enviada na data de seu aniversário: “MINHA FILHA, JÁ QUE NÃO POSSO ARRANCAR MEU CORAÇÃO PARA TE MANDAR, RECEBE ESSES DOIS CABELOS DO MEU BIGODE, QUE ARRANQUEI AGORA MESMO” (12 de Outubro de 1827).
Portanto, este post buscou abordar alguns aspectos da vida amorosa de D. Pedro I, dando destaque à sua aventura amorosa com a Marquesa de Santos, relação esta que rendeu documentos digamos singulares para a História do Brasil. Até a próxima!!!
Para a produção deste post foram consultadas como fontes a revista Aventuras Na História “1822 A Independência do Brasil” e o livro “1822” de Laurentino Gomes.

sábado, 12 de março de 2011

CABANAGEM

O post a seguir foi produzido no início de vida deste blog, lá em 2009, e agora trago novamente para o conhecimento dos novos leitores que o espaço conquistou. Vamos a ele!!!

Associar a Cabanagem (Movimento social ocorrido na então Província do Pará, no período oficial de 1835 - 1840, e que envolveu sujeitos de diversas etnias e classes sociais motivados por razões também diversas de ordem econômica, sociais e religiosas) à luta pela liberdade é uma memória recente produzida pelo século XX. Recentemente a prefeitura de Belém sob administração de Edmilson Rodrigues fazia com maior intensidade esta associação e daí surgiram alguns títulos para o então prefeito e sua forma de governar: "Governo Cabano". O fato é que, relacionar a Cabanagem à luta pela liberdade e por direitos sociais principalmente das classes populares, é algo muito recente e relacionado à historiografia do século XX. Nos oitocentos, o movimento cabano era associado à desordem e anarquia e, portanto, era tido como uma "dolorosa recordação". Seus participantes eram vistos como "facínoras" e provocadores de um "tempo de malvadeza". Esta visão ocupou o imaginário dos sujeitos durante toda a 2° metade do século XIX. Enfim, nem sempre a Cabanagem foi sinônimo de lutas pela garantia dos direitos sociais dos mais humildes, nem sempre significou luta pela liberdade. Isto é uma construção do recente século XX.

Para saber mais sobre as memórias da Cabanagem ver o artigo O Doce Treze de Maio. O abolicionismo e as visões da Cabanagem, Grão-Pará - século XIX de José Maia Bezerra Neto.