sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O RATOEIRO E A "MALANDRAGEM" CARIOCA

Na virada do século XIX para o XX a cidade do Rio de Janeiro vivia uma grave epidemia de peste bubônica. A solução encontrada pelo poder público para conter a doença, causada pela pulga do rato, foi criar um decreto em setembro de 1903 institucionalizando a profissão de “ratoeiro”. Tal profissional tinha a obrigação de recolher das ruas cariocas pelo menos 150 ratos por mês, pelos quais recebiam 60 mil-réis, que para o período compraria uma cesta básica. Se o “ratoeiro” atingisse a meta, para cada rato excedente, o poder público pagaria 300 réis. Até ai, tudo bem! Acontece que, quando o “ratoeiro” saia para as ruas para comprar os ratos que a população capturava e depois revender para o Governo, começaram a aparecer alguns casos curiosos: Por exemplo, o carioca começou a fabricar ratos de papelão e cera para vender ao “ratoeiro” com objetivo de ganhar uma graninha extra. Mas não parou por ai, o carioca passou a criar ratos justamente para vender ao “ratoeiro”, quando não, passou a importar ratos de outros lugares, tudo para complementar sua renda ao final do mês. Curiosidades à parte, a política de caça aos ratos foi um sucesso, diminuído consideravelmente o número de mortos pela doença. Até a próxima!!!

FONTES: REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL N° 67.