segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

VESTIBULAR 2012 UEPA

Acabei de ler e resolver a parte de História da Universidade Estadual do Pará e confesso que tive um sentimento de "dever cumprido". A prova estava em um nível bem acessível para quem estudou, é lógico. A seguir, as questões da Prova:
14)
“A propriedade é um roubo”.
Pierre Joseph Proudon (1809-1865)
Reverenciado pelos anarquistas de todo o mundo, Proudon formulou esta frase que se
tornaria um dos grandes lemas do movimento operário em fins do século XIX e início do XX. De caráter libertário, o lema em questão coloca o anarquismo no mesmo patamar do socialismo, sobretudo no que se refere à:
a) luta contra a exploração dos trabalhadores e à exigência da extinção da propriedade privada.
b) reivindicação da igualdade de direitos e garantias salariais tanto para homens
quanto para mulheres.
c) defesa dos direitos dos cidadãos no que diz respeito à defesa da propriedade privada dos meios de produção.
d) criação de partidos de operários engajados na organização das greves e na
mobilização dos trabalhadores.
e) denúncia do corporativismo dos trabalhadores das fábricas e da criação de
organizações sindicais de trabalhadores.
GABARITO: A
15)
Documento 1
A transformação da pequena aldeia em grande urbe representa a destruição de todo e qualquer vestígio que lembre Manaus como antigo lugar da Barra do Rio Negro [...] No entanto, para que isso fosse possível, Manaus deveria passar por um grande processo de reformas que exige uma ordenação do espaço urbano, o disciplinamento
de seu uso, o emprego de instrumentos de controle que regulassem a vida manauense, através de dispositivos legais como as proibições de partir lenha, cozinhar, estender roupa e ferrar animais na rua [...];transitar com animais de qualquer tipo, nos passeios das ruas; cercar os quintais com madeiras; andar em público indecentemente trajado ou em completa nudez;[...].
(DIAS, Edinéia Mascarenhas. A Ilusão do Fausto - Manaus 1890- 1920. Manaus: Editora Valer,1999.p.47)
Texto 2
...uma série de melhoramentos foi realizada no espaço urbano de Belém, como pavimentação de ruas, construção de praças e jardins [...] limpeza urbana, tudo
isso controlado por um código de posturas.[...]Com a criação da Polícia Municipal por Antônio Lemos, o poder municipal vai interferir diretamente na vida cotidiana dos habitantes da urbe. Para dar um aparato legal às ordens emanadas do poder público, foram promulgadas novas Leis e Códigos de Posturas Municipais. Pelo Código de Posturas ficava proibido: fazer algazarra, dar gritos sem necessidade, apitar, fazer batuques e sambas; tomar banho nas praças e fontes públicas; chegar à porta ou
janela em traje indecente ou completa nudez. [...]
(SARGES, Maria de Nazaré. Belém: Riquezas produzindo a Belle Èpoque(1870-1912).3 ed.Bel~em:Paka-Tatu,2010,p.161,163)
Os documentos acima nos revelam:
a) a presença do Estado, nas duas urbes principais da Amazônia da borracha, opositora de formas de comportamento tradicionais dos seus habitantes e que exigia a adoção de novos hábitos que permitissem novo ordenamento urbano, em cidades limpas e esteticamente modernas.
b) as exigências impostas pela elite gomífera, que passou a ter ao lado do poderio econômico-financeiro, o poder político e para isso elabora Códigos de Posturas que segregavam a população pobre na periferia
das cidades, onde poderiam continuar com seus hábitos de moradores de “aldeias”.
c) mudanças radicais nos comportamentos da população manauara e paraense que, na sua grande maioria, apoiava as medidas adotadas pelos Intendentes das duas capitais amazônidas, pois desejava um saneamento moral e material das cidades.
d) o período de modernização das cidades amazônicas, Belém e Manaus, no final do século XIX e início do século XX, e o controle rigoroso do poder público sobre o comportamento dos habitantes das duas cidades, impondo-lhes um padrão de comportamento que se enquadrasse no modelo de civilização instituído pelas autoridades municipais.
e) que no final do século XIX, as capitais da Amazônia viveram um grande surto de desenvolvimento urbano, impelido pelo extrativismo vegetal e aurífero, o que provocou mudanças significativas de comportamento de seus habitantes, que passaram a imitar costumes e hábitos dos estrangeiros, que para cá vieram, atraídos pela possibilidade de enriquecimento fácil.
GABARITO: D
16)
Em sua estratégia para atrair militantes e adeptos do Partido Nazista, entrou em cena a propaganda dirigida às massas como o cartaz ao lado reproduzido ( de caráter anti-semita), o qual estimulava:
a) o preconceito étnico, a xenofobia aos estrangeiros de um modo geral.
b) a aversão aos judeus, culpados de acumular fortunas e explorar camponeses e operários.
c) o patriotismo e o heroísmo do povo germânico em busca de um modelo de homem nazista.
d) os alemães a glorificarem as suas origens, de um povo superior, sadio e de pureza étnica.
e) o combate à exploração desenvolvida pelos judeus sobre os camponeses e a defesa das ideias semitas.
GABARITO: B
17)
Texto
“Quem trabalha é que tem razão
Eu digo e não tenho medo de errar
O bonde São Januário
Leva mais um operário
Sou eu que vou trabalhar
Antigamente eu não tinha juízo
Mas resolvi garantir meu futuro
Vejam vocês:
Sou feliz, vivo muito bem
A boemia não dá camisa a ninguém
É, digo bem”
(Wilson Batista e Ataulfo Alves. O Bonde de São Januário, 1941)
A letra deste samba de Wilson Batista e Ataulfo
Alves, gravado em 1941, exalta o valor do
trabalho como forma de enobrecimento do
homem. A composição adequava-se à linha
temática da canção popular abertamente
imposta (embora fosse oficialmente
“aconselhada”) pelo Departamento de
Imprensa e Propaganda da Ditadura
Estadonovista de Getúlio Vargas. No entanto, a
versão original deste samba, do ano anterior
ao carnaval de 1941, dizia que “...o bonde São
Januário, leva mais um sócio otário, sou eu
quem vou trabalhar”. A adequação dos
compositores do samba urbano carioca dos
anos 1940 às determinações da censura
política da Era Vargas sugere que:
a) o controle ideológico da ditadura foi
plenamente eficaz na implantação do
trabalho como valor predominante entre os
operários urbanos, integrando a população
negra e mestiça urbana brasileira à ordem
capitalista.
b) a consolidação do samba como música
símbolo da identidade brasileira e carro
chefe da difusão musical dos meios de
comunicação exigiu dos compositores a
superação da apologia da malandragem.
c) a superação da apologia da malandragem
era apenas aparente, já que muitas obras
de compositores populares se mantinham
na fronteira da contestação à exploração
capitalista e ao autoritarismo político.
d) havia um potencial latente revolucionário
nas composições de sambas que faziam, de
forma indireta, crítica social e estavam
afinadas com as ideias dos grupos políticos
de esquerda.
e) a internacionalização do samba brasileiro e
sua fusão com outros gêneros musicais
estrangeiros levaram os compositores a
alterar o foco temático das letras de samba.
GABARITO: C
18)
A “Revolução Cultural Chinesa”, também
chamada de “Grande Revolução Cultural
Proletária”, foi adotada pelo regime de Mao-
Tsé-Tung na década de 1960. Foi um
contragolpe político aos críticos do fracasso de
seu plano político-econômico “Grande Salto
para Frente”, dos anos anteriores, que
pretendia desenvolver o país segundo o
modelo de industrialização soviético. A nova
orientação política imposta por Mao e resumida
em seu “Livro Vermelho” conclamava os jovens
chineses, fieis à revolução, a denunciar
políticos e intelectuais com supostas
inclinações burguesas. Na verdade, a
propalada revolução cultural resultou:
a) num movimento de perseguição
generalizada política e social de todos os
críticos do regime maoísta, dentre eles
dirigentes políticos, artistas e intelectuais.
b) num verdadeiro salto adiante da Revolução
Chinesa, com a adoção de uma linha de
desenvolvimento econômico pautado na
agricultura e na criação de uma nova
estrutura política que perdurou nas décadas
seguintes.
c) numa aproximação com o regime do
Kuomitang (Partido Nacionalista),
estabelecido na ilha de Taiwan (Formosa),
política que entrou em declínio a partir da
morte de Mao em 1976.
d) num avanço no desenvolvimento das artes
e da cultura no país, em grande medida,
liderado por grupos maoístas partidários da
formação de um socialismo à chinesa, mais
aberto ao ocidente capitalista.
e) no rompimento com a União Soviética e
com a linha bolchevista adotada pelo
Partido Comunista Chinês, o que levou o
país ao gradativo processo de abertura aos
capitais internacionais.
GABARITO: A

AGORA, É SÓ AGUARDAR O RESULTADO E COMEMORAR. À GALERINHA QUE DOU AULA, TO ESPERANDO A LIGAÇÃO PARA A FESTA. ABRAÇOS!!!!

2 comentários:

  1. Prezado Leonardo Oliveira
    Um Feliz Natal e que o Ano Novo seja repleto de realizações, cheio de alegria, amor e paz! Abraços fraternos!

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  2. Olá Prof. Adinalzir, Boas festas para vc também e que 2012 entre cheio de saúde e sucesso profissional para todos. Abraços!

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