sexta-feira, 5 de novembro de 2010

DEODORO E BENJAMIN: LÍDERES DO GOLPE REPUBLICANO



Entrando no clima Republicano do 15 de Novembro, o "História, Educação, e Cultura" inicia uma série de textos relacionados ao Advento da República no Brasil. Começamos então por duas importantes personalidades históricas de nossa República: Deodoro da Fonseca e Benjamin Constant.
Deodoro da Fonseca (representado na 1° imagem por Hipólito Carón) gozava de grande valor dentro do Exército principalmente pelas suas qualidades guerreiras. Comandava e administrava a guarnição mais poderosa do país e tinha sua vida inteira vinculada ao Exército onde conquistou todas as suas glórias. Sua posição dentro do Exército como típico troupier, militar de campo de batalha, e que havia prestado grandes serviços ao Brasil durante a Guerra do Paraguai, estava bastante insatisfeito com a realidade do Exército dentro do Império. Promoções lentas, vencimentos baixos, a não modernização do Exército e a ausência de investimentos provocavam em Deodoro grande insatisfação com o Governo. Esse contexto de atraso ao qual o Exército estava submetido seria fundamental para que mais tarde Deodoro aderisse à conspiração militar-republicana e liderasse o Exército rumo a Proclamação da República.
Porém, se Deodoro era importante no processo do golpe, Benjamin Constant foi fundamental na liderança dos militares da Escola Militar da Praia Vermelha, mais conhecidos como Mocidade Militar.
Benjamin Constant (representado na 2° imagem) era militar, mas ao contrário de Deodoro, não gostava da carreira militar dos campos de combate, era mais atraído pelo magistério. Era professor da Escola Militar da Praia Vermelha onde iniciou um intenso relacionamento com seus alunos que então constituíam a Mocidade Militar. Para Celso Castro (Autor de “ Proclamação da República”), o fato de Benjamin Constant não gozar de recursos sociais herdados e de sempre ter alcançado sucesso na vida através de méritos próprios, além de ter uma mentalidade cientificista (ele era professor), todos esses fatores serviram de elementos de identificação social com a Mocidade Militar que logo viu nele a liderança ideal para conduzí-los neste processo que culminou com a Proclamação da República. O sentimento de pertencer a uma elite intelectual e a sensação que o Governo tudo fez para prejudicar sua carreira, de certa forma, empurraram Benjamin para o Positivismo onde se filiou rapidamente atraído pelos ideais cientificistas. Porém, de líder a golpista havia uma enorme distancia a ser percorrida.

6 comentários:

  1. Momento bastante oportuno para destacar um tema de tanta importância para o Brasil. É necessário que o cidadão brasileiro conheça a História e os sujeitos históricos do nosso país, para que assim desperte em si o sentimento patriótico e lute para o bem da nação, a exemplo dos grandes líderes que ajudaram a construir uma sociedade melhor. Viva a República, viva a Democracia, Viva o Brasil.

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  2. O "História, Educação, e Cultura" agradece sua visita Professor Josimar. Um Grande abraço!

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  3. Leonardo
    Como disse meu amigo professor Josimar,também aqui de SC, momento oportuno para nossa história seu texto sobre a República. Precisamos neste momento, refletir sobre desde Deodoro, até as eleições que elegeram Dilma presidenta do Brasil. Temos sim que acreditar, o momento é de confiança. Claro como você fez um comentário muito importante em meu blog sobre as últimas eleições, sabemos que o povo de SP é culto e se uma parte grande da população votou em Tiririca, alguma explicação de cada eleitor deve ter e devemos rspeitar. Creio que aí está o voto de lado, deixa pra lá, protesto, desconhecimento, sacanagem,voto cacareco, tião e outros tantos motivos. Porém uma coisa é certa se fosse no Nordeste ou Norte, os do Sul e Sudeste, iriam dizer "só podia ser naquela região". Mas também é certo que muitos dos votos do Tiririca e outros candidatos parecidos, foram de nordestinos que moram em SP. Creio que estamos em uma plena democracia, com as vezes mais para anarquia e é preciso que se mude certas regras atavés da ficha limpa, ou das normas de quem pode ser candidato. Deveria ser (opinião particular) para cargos como presidente, senadores, prefeitos, governadores e deputados, o grau de instrução deveria ser Superior, ou então pelo menos o segundo grau.
    Parabéns pelo texto e obrigado pela visita em meu blog.
    Adalberto Day cientista social e pesquisador da história em Blumenau, que manda um abraço para todo povo do nosso querido Pará e Norte e Nordeste desse nosso imenso Brasil.

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  4. Concordo com a colocação do professor Adalberto em relação a exigir um grau de instrução mínimo para se canditar a cargos governamentais, afinal de contas, é preciso que quem esteja no poder conheça as leis para que possa cobrar a sua aplicação. Não podemos deixar o futuro nas mãos de quem não conhece o passado. (Leonardo, envie para mim seu e-mail pessoal para que possamos trocar ideias) Forte Abraço.

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  5. Caro Adalberto, agradeço suas contribuições em meu blog, entretanto, gostaria de fazer uma retificação: Quando comentei em seu blog e citei o estado de SP, foi em tom de ironia. Gostaria de deixar isso bem claro. Quanto ao preconceito regional com o norte e o nordeste, não devemos fechar os olhos, ele existe. Um grande abraço!!!

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  6. Professor Josimar,este tema destacado por você sobre a exigência de um grau de escolaridade mínimo para cargos governamentas provocaria um grande debate. Teríamos fortes argumentos a favor e contra. Quanto ao e-mail, deixarei lá no seu blog. Muito obrigado pela sua contribuição ao "HISTÓRIA, EDUCAÇÃO, E CULTURA".

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